Entrevista para Ziraldo
Programa ABZ do Ziraldo
Entrevista sobre a Voz da Floresta
Editora DCL
Visita ao Instituto Marcos Freitas
(RJ)
o
ut/2012
Entrevista para Palavra Fiandeira,
idealizada por Marciano Vasques
(jun/2013)
Entrevista para Mona Dorf
Site do IG
Visita ao programa Educação
Cidadã Unidade Paraisópolis

dez/2019
Entrevista para Palavra Fiandeira,
idealizada por Marciano Vasques
(jun/2010)
Folha de São Paulo,
resenha sobre o livro “E se…”
Verbete no Dicionário da Mulheres,
de Hilda Agnes Hübner Flores
Entrevista para Cadão Volpato
Programa Metrópolis – TV Cultura
Blog da Regina Sormani
Viva o Livro Infantil
Crítica do livro “Tagarela”
Participação na FELIT (Feira Literária)
de São Bernardo do Campo

ago/2011
Entrevista para Alba Carvalho
Revista Menorah
Estação do Conhecimento Einstein
Visita em março de 2011
Convidada para participar da
Flipinha 2010
Paraty, falando sobre
“A delicadeza das palavras” e
“O Brasil na minha obra”
Entrevista para Luiza de Carvalho
Editora Saraiva
Gravando histórias durante a pandemia
Instituto Prof na quarentema

jun/2020
Encenação da peça “Ao pé da letra”
Entrevista para Paulo de Camargo
Editora SM
Visita à Comunidade de Paraisópolis,
programa Einstein

ago/2014
Encenação da peça “A revolta do zíperes”
Visita ao colégio Delta
nov/2011
#Visitinha – Prof na quarentena
junho/2020
Conversa com a autora Alina Perlman sobre o livro Casa do Farol

Entrevista para Alba Carvalho Revista Menorah
Fevereiro de 2006

1 – “A voz da floresta”pega carona no fato de estarmos em um ano eleitoral ou você já pensava em tratar do assunto “política”, com seus pequenos leitores?

AP – Essa idéia ficou por um bom tempo se desdobrando em minha cabeça, mas já estava na editora DCL aguardando publicação antes deste ano eleitoral. É preciso pensar em eleições, avaliar políticos e partidos, discutir possíveis candidatos de diferentes personalidades não só às vésperas de eleições. Acho super importante que a criança seja levada a refletir sobre um assunto que está na boca de todos, na TV, no jornal, na Internet.
2 – Há sempre uma curiosidade do público sobre o processo de criação dos escritores. Corno é que nascem os seus livros, de temáticas tão variadas?

AP – Os livros nascem de muito observar tudo em minha volta, de muito escutar com atenção o que me contam, de muito ler, de muito viajar em fantasias e imagens que me vêm à cabeça…

3 – No livro “Diário de Portugal”, através dos personagens Rui e Lucinha, você traz à tona a questão da Inquisição Católica. O que lhe motivou transportar para o universo infanta-juvenil, a saga dos judeus portugueses, os chamados “cristãos novos”?

AP – Neste caso – até por eu não ser uma entendida no assunto – recebi um super incentivo da professora Anita Novinsky. Ela insistiu que não havia no Brasil nada no gênero e acabou me fazendo aceitar o desafio. Aceitei por acreditar que o acesso a informações sobre a Inquisição e o conhecimento sobre esse período tão turbulento da história deve estar ao alcance da criança e do jovem.

Entrevista para Luiza de Carvalho – Editora Saraiva
Dezembro de 2006

1) Quando você descobriu sua vocação para escritora infanto-juvenil? Como se deu essa descoberta?

AP – Tudo começou ao inventar histórias para meus filhos. Como meu mais velho preferia que eu lesse essas histórias ao invés de apenas contá-las, passei a escrevê-las. Mostrei urna delas para um editor, por insistência de uma amiga, ele gostou e pulücou “Papudo”, meu primeiro livro. Adorei a experiência, senti que era meu caminho e não parei mais de escrever. Foram 28 livros depois do “Papudo”.

2) Nas obras Falando em Tia Vanda e Olhando para dentro você aborda o respeito e amizade nas relações familiares. Por que você acredita que é tão rico debater este tema na infância? Quais as principais preocupações que você teve ao fazê-lo?

AP – Considero a família e o bom relacionamento familiar (o amor, o respeito, a amizade, o carinho, a consideração, o diálogo…), o pilar de sustentação da vida. A criança tem logo cedo essa noção e ela deve ser alimentada, incrementada. A minha preocupação ao apresentar meus textos para a criançada é fazê-lo com cuidado, com respeito e tentando ser sempre verdadeira em minhas colocações.

3) Na história de Goclafredo, o guarda-chuva, há um conflito entre o desejo de “correr o mundo” e a necessidade de se ter uma base fixa, Você acredita que esse dilema, que nos acompanha durante toda a vicia, tem inicio na infâncta? Como trabalhar essa questão com as crianças?

AP – A imagem da pipa me vem à cabeça. Empiná-la, deixá-la voar alto e segurar a ponta de seu fio para recolhê-la ria hora certa, evitando que se rasgue, que se perca, dando oportunidade para outros vôos em outros momentos… É muito forte para mim a noção de pertencer. É importante “correr o mundo”, conquistá-lo, mas sempre lembrando da alegria e da importância de se ter para onde voltar.

4) A Cecília, personagem de Tagarela, fala demais. Você foi uma criança tagarela, ou mais tímida?

AP – Fui urna criança extremamente tímida que idolatrava as tagarelas!

5) O Jeitão da turma conta experiências pelas quais todo adolescente passa, corno os conflitos com a aparência, as “paixonites”, o primeiro beijo, etc. Ao escrever as histórias, você fez uni resgate à sua adolescência?

AP – Tudo que escrevo tem um pouco de rrfirn. E também das pessoas que me cercam, das que observo, das que me contam casos, O livro relata diversas primeiras experiências na vida do jovem. Várias delas eu mesma vivi de alguma forma.

6) Que mensagem você quis transmitir aos leitores ao colocar o titulo O jeitão da turma nessa coletânea de contos?
AP -Não tive intenção de passar uma mensagem com esse título. Quis apenas atiçar um pouco a curiosidade de meus leitores sobre o conteúdo do livro.

Entrevista para Paulo de Carvalho – Editora SM
Outubro de 2006

1) O primeiro passo é lhe pedir que se identifique nome, formação., como iniciou na literatura, quantos livros publicados.

AP – Meu nome é Alina Perlman. Antes de ter a literatura como profissão eu era primeiramente uma leitora voraz e, num secundo momento, uma inventadeira de histórias que passei a contar para meus filhos. A transição do inventar ao escrever foi acontecendo, amadurecendo aos poucos…. hoje tenho 29 livros publicados.

2) O terna da inclusão se torna cada vez mais atual, e ganha projeção por episódios noticiados nos jornais e pela força da mi’dia (no caso do personagem com Síndrome de Down na novela da Globo). Seu livro aborda, entre outros temas, essa questão_ Você acha que estamos tendo um avanço nesse sentido? A sociedade está ficando mais consciente?

AP – Faz tempo que a inclusão faz parte da nossa realidade sendo que existe uma lei que obriga a matricula de crianças com Síndrome de Down em qualquer escola regular. Há ainda uma certa dificuldade de adaptação de professores e falta de material especifico disponível que, aos poucos vai se resolvendo. Eu acredito na inclusão. A criança com Down que freqüenta escola regular e se relaciona no dia a dia com crianças sem deficiência tem riais recursos para se desenvolver. E a que não tem deficiência aprende a respeitar as diferenças.

3) Corno você acha que a literatura pode desempenhar um papel formativo nesse campo? A ficção tem um poder que outros modos de informação não tem para atingir as consciências?

AP – A ficção atinge, sim, a consciéricia das pessoas,. mas a própria vida é ainda mais forte. Crianças com Dom atuando em novela, cantando,. dançando, jovens com Dovvn chegando a ser professores, praticando esportes, filme mostrando as dificuldades, a luta e os ganhos significativos ao se entender a deficiência, ao enfrenta-Ia com amor e perseverança têm um grande poder de despertar as pessoas distantes dessa realidade.

4) Como você pensou e desenvolveu a trama de Diferentes Somos Todos? Qual é a repercussão que tem percebido de sua proposta nesse livro?
AP – Quis mostrar duas formas de encarar o nascimento da criança com Síndrome de Dowri, os problemas em família, a maneira de enfrentar os obstáculos. Quis mostrar as reações de crianças, familiares, professores, adultos em geral. Li muito a respeito.. visitei uma clinica de apoio a crianças com deficiência, conversei com pessoas envolvidas com crianças que apresentam a Síndrome, ouvi profissionais de várias áreas. A repercussão do livro tem sido extremamente positiva. Ele foi muito bem aceito nas escolas e houve inclusive compra governamental.

5) Você acha que o tema das diferenças. e pouco abordado na Educação formal? As crianças, de alguma forma, precisariam ter mais tempo, espaço e condições para aprender a aceitar o diferente?

AP – Penso que o terna seja mais abordado nas escolas freqüentadas por crianças com Down. Em geral a criança não deficiente aceita com facilidade a diferença. Mais difícil é a compreensão do adulto que tende a riu querer a criança com Down na mesma classe que seu filho. É preciso que se entenda que essa proximidade só fa2 crescer a criança sem deficiência. Não há duas pessoas guais. Lima tem mais dificuldade de aprendizado que outra, há diferença na situação financeira, na capacidade física ou mental, na aparência, na personalidade…

6) Para você, a sociedade atual reforça os preconceitos, ao criar barreiras como os ícones do consuma (quem tem celular da hora, quem não tern, quem é popular na turma, quem e anônimo)? Pensa que era assim também quando você foi estudante?

AP – A atenção que a criança tem recebido da m dia e a constatação que o consumo destas crianças e substancial chega a ser preocupante. A criança é inteligente, sabe o que quer, pede e recebe. Os pais, me parece, têm dificuldade em negar pedídos dos filhos. Seja por querer compensar o excesso de trabalho e falta de tempo de estar em família, seja por medo de perder o amor da criança, seja apenas poí não perceber que todo este excesso é prejudicial.. E aí a diferença entre “os que têm” e “os que não têm” se torna gritante e acaba gerando preconceito. Na minha época de estudante rio era bem assim, tão explicito. A febre de consumo aumentou bastante, apesar de o desejo de ter do melhor e ser o melhor sempre ter existido entre os jovens, em maior ou menor escala.

7) Do seu ponto de vista, quais são as diferenças mais difíceis de aceitar: o rico/o pobre, o feio/o bonito, o “normal”/ o portador de deficiências…?

AP – Não acho possível fazer essa escolha. O importante é que as diferenças sejam respeitadas, encaradas com naturalidade. Aceitá-las é o primeiro passo para compreendiê-Ias. Eu espero que ‘Diferentes somos todos’ consiga sensibilizar o leitor e levá-lo a essa reflexão,

Entrevista sobre A voz da Floresta – Editora DCL
Janeiro de 2006

Eleições no mundo dos bichos

Alina Perimam é urna apaixonada por bichos! Neste seu novo lançamento., exclusivo para a Bienal de São Paulo, mais urna vez os animais são protagonistas. A voz da floresta – anuncia eleições dos bichos mostra urna visão preocupada da autora em levar aos pequenos leitores as diferenças que existem em grupos de trabalhos, personalidades e opiniões e a importância de se escolher alguém para representá-Jas, Em pleno ano de eleições, nada mais oportuno, Confira a entrevista inédita:

Editora DCL – Difusão Cultural do Livro – Alina, conte sobre sua infância e o seu envolvimento com os livros.

Alina Perlman – Tive urna infância muito gostosa, com direito a jogar muita bola, empinar pipa, andar de bicicleta,
passear de bonde com meu avô, brincar de casinha com as vizinhas… Minha avó me contava histórias que eu adorava escutar e, obviamente, ela tinha de contá Ias de novo e de novo, sem perder urna palavra sequer! Cedo meus pais me apresentaram a Monteiro Lobato, o responsável pelo início de urna grande paixão.

DCL – E há quanto tempo publicou sua primeira história para crianças?

AP Faz mais de 20 anos_

DCL – Você gosta de inventar histórias…

AP – Eu adoro inventar histórias. Inventar brincadeiras, Inventar receitas, Inventar viagens, Inventar_

DCL- O que lhe inspira a escrever? AP – Tudo e todos. Adoro observar o que se passa em minha volta. Encaro um objeto na rua e logo o vejo papeando com outro. Converso com as pessoas, fico emocionada e me envolvo com facilidade. Adoro ouvir casos_ escrever é um pouco como urna válvula de escape.

DCL -E você gosta de inventar histórias só para livros? (já publicou textos revistas…?) AP – Tive histórid publicada em revista infantil e na Folhinha E várias pequenas histórias publicadas num jornalzinho mensal para crianças do Projeto Felicidade (um grupo que faz um lindo trabalho com crianças com câncer).

DCL – Dos livros que você já escreveu, qual é o seu predileto? AP Não tenho predileto, São todos filhos queridos. Às vezes eu me apego por um tempo maior ao recrn-publicado, mas logo me apaixono pelo texto no qual estou trabalhando e me dedico com muito carinho à gestação deste novo filho.

DCL Qual é a sua maior preocupação ao escrever para crianças? AP – Minha maior preocupação é tratar a criança com o respeito que ela merece. E me preocupo em ser verdadeira, mesmo dentro do meu balaio de invenções.

DCL – Você gosta de animais? AP – Gosto muito. Já tive cachorro., passarinho, peixe, pintinho, mas o bicho que me fascina mesmo é o elefante. Corno não posso ter um no meu jardim, faço coleção. Tenho elefantes de porcelana, de papel, de pelúcia, de madeira, de arame… quase uns 200!

DCL – Como surgiu o enredo de A voz da floresta anuncia a eleição dos bichos? AP Eu gosto de personagens-objeto c personagens-animais. Acho que a criança se relaciona bem com eles. Tem uma intimidade grande com eles. E corno os bichos têm características interessantes e bem diferentes uns dos outros, achei que dariam bons políticos! Pensei muito nos bichos que poderiam se tornar personagens, selecionei alguns animais da mata brasileira, e imaginei como seria substituir o leão, tão marcado como “rei da floresta”.

DCL – Na fábula de George Orwell (A revolução dos bichos, 1945), ao final da história homem e animal se confundem e isso aparece de maneira negativa – o livro de Orwell é uma crítica ao autoritarismo. Ao ler A voz da floresta… será inevitável a analogia entre homem e animal. Você acha que essa comparação vai ser positiva ou não? – lembrando que seu livro também leva à reflexão e traz crítica.

AP – Apesar de ambas as histórias tratarem de liderança, de postura, do poder proveniente do comando, o homem não aparece em “A voz da floresta”. Nele a comparação com o homem se dá de outra forma. É mais uma constatação sobre o comportamento de cada bicho e suas características semelhantes às dos homens. A eleição é um ato democrático e o resultado da escolha do vencedor tem o poder de transformar para o bem ou para o mal a vida dos eleitores. Acho que a comparação será positiva, sim.

DCL – Ainda nessa questão da comparação: você acha que seu livro traz uma proposta/solução para o problema que
vários governos vivem hoje (não me refiro apenas ao caso brasileiro)?

AP — A idéia é levar a criança a pensar no assunto. E eventualmente formular propostas. Quanto a encontrar
uma solução – estamos todos à procura!

DCL – Você acha que as crianças têm consciência do que é eleição? O seu livro vai contribuir para isso?

AP – Acho que as crianças, mesmo as mais novinhas, são extremamente ligadas e conscientes do que se passa em
volta delas. Imagino que o livro possa ajudá-las a entender melhor a existência de diferentes personalidades, grupos
de trabalho, opiniões. E a entender a importância de escolher com atenção alguém para representá-las.


Visita ao Colégio Delta – novembro de 2011


Visita ao Instituto Marcos Freitas (RJ)
outubro de 2012

Perticipação na FELIT (Feira Literária)
de São Bernardo do Campo

agosto de 2011

Encenação da peça “Ao pé da letra”

Encenação da peça “A revolta dos zíperes”

Visita ao programa Educação Cidadã – Unidade Paraisópolis – Dezembro de 2019